Lei torna obrigatória em Petrópolis o questionário M-CHAT para rastrear sinais precoces do Transtorno do Espectro Autista

por juliana.fernandes — publicado 13/10/2023 13h13, última modificação 13/10/2023 13h13

 

Unidades de saúde pública do município de Petrópolis deverão utilizar e aplicar o questionário M-CHAT (Modified Checklist for Autism in Toddlers) para prever o rastreamento de sinais precoces do Transtorno do Espectro do Autismo - TEA. É o que diz a Lei 8.609, de autoria da vereadora Gilda Beatriz (PSD), promulgada pela Câmara Municipal no dia 11 de outubro.

O questionário foi criado em 2001, conta com 23 itens de triagem e é um importante instrumento de rastreamento antecipado de autismo, que visa identificar indícios desse transtorno em crianças e, de acordo com o texto da lei, deverá ser aplicado em crianças entre 16 e 30 meses.

As perguntas feitas por profissional da área da saúde para os pais, com respostas sim ou não, indicam a presença de comportamentos conhecidos como sinais precoces de TEA. Os responsáveis respondem sobre os interesses da criança no engajamento social, habilidade de manter contato visual, imitação, brincadeira repetitiva e de faz de conta e ao uso do contato visual e de gestos para direcionar a atenção social do parceiro ou para pedir ajuda.

Em sua justificativa, a vereadora ressaltou que "os primeiros sinais de alerta do Transtorno do Espectro do Autismo podem ser observados nos primeiros meses de vida e ficam mais evidentes entre 12 e 24 meses de idade. E assim, quanto mais cedo se inicia uma intervenção adequada, maiores as chances de desenvolvimento".

A lei diz ainda que, em caso de diagnóstico positivo oriundo do rastreamento de sinais precoces, as famílias deverão ser encaminhadas para os serviços especializados para avaliação do diagnóstico, utilizando outras metodologias, visando o devido monitoramento dos casos em investigação.
"Por ser um instrumento de escala em questionário, sem a necessidade de equipamentos e laboratório, apresenta-se como uma alternativa eficiente e sem custos financeiros para um diagnóstico precoce do TEA", pontuou a Gilda.