Vereador propõe a criação da Semana Municipal de Prevenção do Diabetes Mellitus em Cães e Gatos

por Tarsila Rangel publicado 19/03/2024 16h51, última modificação 19/03/2024 16h51
Vereador propõe a criação da Semana Municipal de Prevenção do Diabetes Mellitus em Cães e Gatos

Vereador Domingos Protetor

A Câmara Municipal aprovou nesta terça-feira (19) um projeto de lei de autoria do vereador Domingos Protetor que institui a Semana Municipal de Prevenção do Diabetes Mellitus em Cães e Gatos, em Petrópolis, a ser comemorada, anualmente, na semana que inclui o dia 14 de novembro, Dia Mundial do Diabetes.

De acordo com o projeto, o objetivo é informar tutores de animais domésticos ou cidadãos em geral sobre a doença, orientar acerca do diagnóstico e o tratamento adequado, conseguir detectar possíveis casos em cães e gatos, sejam domiciliados ou comunitários, e realizar o devido encaminhamento para acompanhamento veterinário especializado. O Poder Executivo também poderá realizar debates, palestras, campanhas educativas e atendimentos médico-veterinários, sem prejuízo de demais iniciativas.

“Assim como acontece com os seres humanos, cães e gatos também podem sofrer de diabetes. Quando ingerem um alimento, o pâncreas deve produzir insulina, hormônio responsável por captar o açúcar do sangue e transportá-lo para dentro das células. A falta de insulina, ou a incapacidade de exercer a sua função, leva ao aumento dos níveis glicose na corrente sanguínea, se dando, então, o quadro de diabetes. Infelizmente, as consequências podem ser fatais”, explica o vereador.

A Diabetes Mellitus Primária, em cães, tem como fatores de risco a alimentação inadequada, pancreatite, o uso de medicamentos e doenças que antagonizam a ação da insulina. O texto aprovado aponta que, quase 100% dos pets diagnosticados precisam receber doses de insulina por toda a vida, para controlar os níveis de açúcar no sangue, e que a perda da função celular é irreversível. “No geral, raças de cães pequenos como o Poodle, Schnauzer, Dachshund e Yorkshire são mais suscetíveis ao Diabetes Mellitus Primário”, reforça Domingos Protetor.

Em 80% dos gatos, o quadro mais comum de Diabetes Mellitus é o secundário, muito parecido com o Tipo 2 nos humanos. Nesses casos, acontece a chamada “resistência insulínica”, onde as células do pâncreas que produzem a insulina não são destruídas, ocorrendo uma disfunção molecular, que impede o hormônio de transportar a glicose para dentro das células. Quanto mais insulina é produzida, mais as células tendem a se proteger desse excesso. Como consequência, mais aumenta a resistência à insulina. Em certo ponto, o pâncreas não consegue mais produzir hormônio suficiente. Assim, os níveis de açúcar no sangue sobem e o diabetes secundário surge. O principal fator de risco para o diabetes secundário é a obesidade. Estudos dizem que a cada 1kg de sobrepeso ganho, a sensibilidade à insulina é reduzida em cerca de 30%.

Os principais riscos do diabetes são problemas vasculares, como gangrena e necrose, disfunções renais, acúmulo de gordura no fígado e catarata. “É importante ficar atento aos sinais. O excesso de açúcar no sangue pode provocar sede acima do normal, acúmulo de formigas na urina do pet, episódios de desmaios, além de lesões renais, oculares e insuficiências circulatórias”, explica o parlamentar.

“Algumas medidas podem fazer com que o diabetes em cães e gatos seja controlado. Assim, é possível manter uma boa qualidade de vida aos animais. Castração, controle do uso de medicamentos hormonais, reeducação alimentar e administração periódica de insulina são algumas delas”, finaliza Domingos Protetor.

O projeto segue para análise do Poder Executivo.