Câmara discute, em audiência pública, questões relacionadas a moradias populares

por Tarsila Rangel publicado 09/08/2023 18h33, última modificação 09/08/2023 18h33

A Câmara Municipal promoveu, na noite da última terça-feira (8), audiência pública para discutir questões relacionadas à demanda por moradias populares na cidade, em especial a espera de famílias beneficiadas pelo Aluguel Social. O encontro foi presidido pelo vereador Léo França e contou com a presença dos vereadores Gil Magno e Dr. Mauro Peralta e de representante da vereadora Júlia Casamasso, além do secretário municipal de Defesa Civil, tenente coronel Gil Kempers. Entre os convidados estavam líderes comunitários e moradores de áreas afetadas pelas chuvas do ano passado.

Durante a audiência, os vereadores destacaram a necessidade de maior integração entre os governos federal, estadual e municipal para que a cidade avance na política habitacional. Léo França citou os terrenos do Caititu, da Mosela e de Benfica e cobrou celeridade do governo estadual na liberação de documentos necessários à elaboração dos projetos. “Temos mais de 3 mil pessoas no aluguel social. Elas têm pressa. Estamos falando da reconstrução da vida dessas pessoas”, lembrou.

Presidente da Associação de Moradores do Caititu, Manoel Francisco Matos defendeu a construção de casas populares na região. Para ele, é necessário superar os obstáculos ambientais e buscar soluções para a questão. Marcos Sagatti, que esteve na audiência representando os moradores que recebem Aluguel Social, lembrou que as famílias seguem a espera de suas casas. Ele lembrou que muitas enfrentam problemas. “Temos famílias que podem perder o benefício por burocracia. Precisamos de soluções, de garantia de moradia a essas pessoas”.

Presidente da Associação de Moradores do Alto da Serra, Sueli dos Santos, assim como outros moradores da região, esclareceu dúvidas sobre a interdição de casas e o processo de demolição de imóveis na região. O secretário municipal de Defesa Civil, Gil Kempers, explicou que as intervenções em áreas interditadas estão sendo feitas por lotes e só haverá liberação de áreas após as obras, de forma que seja possível garantir a segurança das famílias. “Mas há áreas que não poderão ser habitadas novamente. É importante que entendam que não estamos falando de tirar pessoas de suas casas. Estamos falando de salvar pessoas. De salvar vidas”, afirmou.

Gil Kempers citou que Petrópolis é, do ponto de vista geológico, o município com maior risco no país, o que demanda esforços ainda maiores. “Não pode haver descontinuidade no sistema de Defesa Civil. É um processo que não pode parar. As ações preventivas são mais importantes do que as ações de resposta, porque são elas que vão reduzir os riscos de ocorrências e, quando falamos disso, a questão da moradia é um ponto essencial”, frisou Gil Kempers.

O vereador Dr. Mauro Peralta defendeu que a política habitacional do município leve em conta a realocação de famílias nos seus próprios bairros, sempre considerando também a infraestrutura da região.

O vereador Gil Magno também frisou a importância da política de habitação popular, pedindo sensibilidade do governo do Estado para que se una ao município e ao governo federal para tirar do papel projetos que garantam moradia segura à população.